A implantação da tabela de preços mínimos do frete, que está em vigência no país desde 30 de maio, trouxe mudanças significativas principalmente para o setor cerealista. Muitas cooperativas e cerealistas passaram a estudar a possibilidade de aquisição de uma frota própria, para depender o mínimo possível da terceirização. Algumas delas inclusive já providenciaram a aquisição de novos veículos, mesmo tendo que adiar alguns outros projetos.
Esse movimento ganhou força por conta do encarecimento do frete para o escoamento da produção agrícola, após o governo federal estabelecer a planilha de preços, uma das solicitações feitas pelos caminhoneiros para o fim da greve.
Um levantamento feito pela assessoria econômica da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), aponta que nas últimas semanas os preços do frete saltaram 29%, em média.
O presidente da Associação das Empresas Cerealistas do Estado (Acergs), Vicente Barbiero, estima que, atualmente, 30% do volume de grãos é transportado pelas próprias cerealistas e outros 70% por empresas transportadoras ou por cooperativas de caminhoneiros autônomos. Mas acredita que este quadro pode se inverter entre 2018 e 2019 se a tabela do frete continuar em vigor e, sobretudo, se não equilibrar bem os interesses de todas as partes.
Fonte: portalntc.org.br